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Nordestino que ama a terra onde pisa e a cidade onde nasceu. Eclético por formação e escolhas. Sempre buscando uma ideologia para viver, não para se apegar como verdade absoluta, apenas para viver... Um ser que valoriza a vida humana em sua plenitude.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Tal pai, tal filho?


Completa-se 40 anos dos grandes e revolucionários dias do ano de 1968. O ano que não acabou. O ano das grandes revoluções comportamentais, políticas, sociais, educacionais, familiares, etc. O ano onde o lema “é proibido proibir” ganhou status quo em todos os setores da sociedade. O ano em que muitos lutaram contra a opressão dos tiranos, e muitos morreram por não lutarem as lutas daqueles. O ano de 68 deixou rastros e conseqüências que até hoje são sentidos por aqueles que lá viveram e por aqueles que lá foram feitos e até mesmo por aqueles que nasceram bem depois.
O ano de 68 veio realmente para entrar na história. O movimento pacifista liderado por Martin Luther King é esquecido devido a seu assassinato e substituído pela violência dos “panteras negras”. E a onda de guerra civil americana entre negros e brancos ficou longe de ter um fim. No outro lado do planeta começa uma onda de manifestos e revoluções trabalhistas a favor do comunismo. Outro grupo, no mesmo continente, sendo no ocidente vai às ruas protestarem contra a guerra do Vietnã, e contra os governos de grandes ditadores. O lema da juventude americana era: “sexo, drogas e rock roll”, assuntos como liberdade sexual, homossexualismo, direitos femininos, tudo o que era de tabu na sociedade da época foi posto em cheque, nem mesmo a religião católica com todo o seu poder de persuasão não conseguia conter os “hormônios” que afloravam nas mentes e genitálias de seus fiéis mais jovens. “Ninguém é de ninguém”, é assim que o movimento hippie anunciava a famosa era de aquário, trazendo liberdade e pensamento positivista para uma sociedade pós guerra mundial. Nessa mesma época, com um grupo de latinos americanos, surge algo novo e inesperado, algo voltado para os pobres e oprimidos dos países que a antiga geografia chamava de Países subdesenvolvidos, criam-se a Teologia da Libertação. O movimento comunista no país continental chamado Brasil, sofre graças um ato institucional chamado de “AI-5”, que censurava a mídia, que aplicava o toque de recolher e tantas outras coisas que confrontavam esta onde de liberdade e manifestações que nosso pequeno planeta vivia.
Bem, quarenta anos depois, como disse no inicio do texto, sentimos as conseqüências de tudo que foi feito naquela época. Toda esta liberdade sexual começou com a geração de 68, que ao tudo indica não tem como conter, sexo entre amigos, sexo desencadeado, sexo irresponsável, sexo sem fronteiras, “sexy church”. A violência e o preconceito racial não foram exterminados na década de 60 nem muito menos aliviados nos anos que se seguiram. Os usuários de drogas agora aumentam cada vez mais ao ponto dos políticos legalizarem o uso de drogas. Falando em políticos, estes não estão tão atrás dos que era alvo de critica do passado, continuam fazendo o voto do cabresto e trocando voto por passagem a R$1,00 aos domingos, e quando são alvo de CPIs aparecem em cadeia nacional afirmando que não fizeram nada e que não sabiam de nada, bem parecido com os militares que mataram, e que até hoje se dizem inocentes. A mídia tem uma nova censura, o “ibope” pena que não é tão criteriosa como a censura de antes. Indo para o campo da religião, muitos não querem nem saber dos ensinos de Cristo, nem Dalai Lama, nem de Francisco Xavier, seus deuses são pessoas que sem talento algum dançam e fazem poses ginecológicas para um grupo de jovens apáticos com gritos entediantes.
Como bem diz uma propaganda ecológica: “Sua geração quis mudar o mundo. Parabéns, vocês conseguiram!”. Completo o recado sendo que este é para a geração de 2008 – “Minha dor é perceber, que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais...”


Naquele que é mutável em ação mas imutável em amor,
Ítalo Colares
Soli Deo Gloriae!

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