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Nordestino que ama a terra onde pisa e a cidade onde nasceu. Eclético por formação e escolhas. Sempre buscando uma ideologia para viver, não para se apegar como verdade absoluta, apenas para viver... Um ser que valoriza a vida humana em sua plenitude.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Reformas

Asa subiu ao trono de Judá no ano vinte do reinado de Jeroboão em Israel. Reinou durante quarenta e um anos em Jerusalém. Sua avó chamava-se Maaca, filha de Absalão. Asa fez o que Javé aprova, como fizera seu antepassado Davi. Expulsou do país a prostituição sagrada e retirou todos os ídolos que seus antepassados haviam feito. Chegou até mesmo a retirar de sua avó o título de rainha-mãe, porque ela tinha feito uma imagem de Aserá. Asa quebrou a imagem e a queimou no vale de Cedrom. Os lugares altos não desapareceram, mas o coração de Asa foi fiel a Javé durante toda a sua vida. Ele depositou no Templo de Javé as ofertas que seu pai havia consagrado e suas próprias ofertas: prata, ouro e utensílios.” (1º Reis 15:9-15)

Nessa época, o reino dos hebreus fora dividido em reino do sul e reino do norte. Asa reinou 41 anos e foi o primeiro dos reis bons no reino do sul.
O rei Asa serviu a Deus em sua juventude, apesar de ter sido criado em um ambiente de idolatria e imoralidade. Seu pai, Abias, fora uma rei idólatra e Maaca sua avó era devota da deusa Aserá, deusa do amor sexual.
Os hebreus neste período adoravam Baal e Astarte, deusa da fertilidade. Seus rituais incluíam atos que eram contrários a natureza humana, onde homens e mulheres praticavam a prostituição sagrada.

Mas surge uma pergunta no meio disto tudo: Como é que Asa servia ao Senhor, quando seu ambiente era totalmente idólatra?

Possivelmente, alguns profetas da Escola dos Profetas, tenham-no exortado e orientado sobre a influencia pagã sobre o príncipe durante sua formação.
O rei Asa realizou uma reforma, retirando os ídolos e expulsando os homens prostituídos, mandou Judá buscar o Senhor e praticar seus mandamentos. Destituiu a rainha Maaca. Durante sua reforma religiosa/social Judá foi invadida por um exército etíope, Asa clamou ao Senhor e venceu os adversários mesmo estes sendo duas vezes mais numeroso que o seu exército.
Asa continuou com vigor sua reforma em todo o reino do sul, restaurou o altar do Senhor, reuniu uma grande assembléia o seu próprio povo. Celebrou uma grande festa, sacrificou um gado e exortou a seus assistentes a renovarem o seu pacto com Deus para servi-lo de todo o coração.

Estamos vivendo tempos de uma necessidade de reforma tanto no âmbito da religião e principalmente no âmbito do social. E para quem desejar fazer parte deste grupo de reformadores do século XXI, quero sugerir quatros atitudes que o rei Asa teve durante um bom tempo de seu mandato.

1ª Precisamos ser OUSADOS e CORAJOSOS para rompermos com o domínio maléfico que impera nas questões espirituais e sociais.
Sujeitai-vos a Deus. Resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7)

Jamais devemos esquecer-nos de orarmos por todos que nos rodeiam, isso não deve ser visto como uma atitude ritualística, mas sim como uma atitude de intimidade e crescimento espiritual. 1º Tm 2:1.
Jesus ao reformar a vida espiritual dos hebreus falava com sabedoria, mas os fariseus também tinham essa sabedoria, o diferencial entre Jesus e os fariseus é que Cristo tinha intimidade com Deus pai.

2º Precisamos ser DESTEMIDOS para falar do grande amor de Deus aos cativos e oprimidos.

Quando Deus vocaiona Moisés para libertar os judeus do cativeiro do Egito, ele tenta argumentar com Deus sobre sua forma de falar, dizendo que não sabe se expressar bem. E Deus responde com todo amor e carinho ao futuro estadista de Israel: “... eu serei com a tua boca e te ensinarei o que há de falar” (Ex. 4:12).
Lembrando de Jeremias quando este é chamado por Deus e alega que ele não passa de uma criança Javé responde: “... Não digas: não passo de uma criança. Aonde quer que eu te enviar, irás, e tudo o que de mandar falar, dirás.” (Jr 1:6,7).

Para vermos as reformas acontecendo precisamos entender que Deus vai conosco, e estará nos auxiliando, afinal ele é o mais interessado nessas reformas.

3º Precisamos ser FIÉIS para assim permanecermos firmes nos caminhos de retidão tendo como consequência a liberdade de ser um filho de Deus.

A mesma fidelidade que Abraão teve, quando Deus pediu Isaque em sacrifício e o obedeceu, pois viu que Deus era Jeová Jireh.
A mesma fidelidade de Moisés que deixou o Egito, e retornou para libertar o povo escravo, não temendo a punição do faraó, pois ele viu aquele que era invisível.
A mesma fidelidade de Josué, que prevaleceu diante das muralhas de Jericó, pois ele viu que Deus era Jeová Nissi.
A mesma fidelidade de Jesus, que suportou tudo por amor, e como Cordeiro de Deus foi entregue pelos nossos pecados, gerando assim a maior reforma espiritual de todos os tempos.
A fidelidade de Jesus que prometeu mandar o Espírito Santo para nos consolar e não nos deixar órfãos. (Jo 14:26)

Por fim, as reformas são necessárias para um avivamento, para uma mudança social, comportamental e por fim espiritual. E se você aceitar o desafio da grande reforma que está acontecendo no século XXI, não se esqueça, pode até que você pense que esteja só, mas quando você menos esperar, alguém que está vivendo esta “cons-piração” santa estará ao seu lado lhe ajudando e mostrando que valerá a pena encarar esta tarefa. E o melhor de tudo: DEUS ESTÁ CONOSCO, afinal ele também é chamado de EMANUEL.

Ítalo Colares
Soli Deo Gloriae.

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