Muita gente tenta se proteger de sofrimento evitando olhar os problemas de frente. Naquela de "o que o olho não vê o coração não sente", prefere não enxergar, fugindo e evitando enfrentar a dificuldade, até o ponto de negar que ela existe.
De vez em quando aparece cada problemão! Às vezes vem uma porção ao mesmo tempo e a gente entra naquela de que tudo está dando errado: é o relacionamento acabando, o parente que enlouqueceu, outro familiar que adoeceu, o emprego que se perdeu, a dívida que cresceu... aí dá vontade de sumir!
Parece que a cabeça vai explodir e o coração também... a angústia aperta tanto que precisamos de um refresco para encher o tanque de forças, porque o combustível já está no vermelho.
Não dá para ficar pensando no problemão vinte e quatro horas por dia. Olhar para o outro lado, dormir, tentar se distrair com alguma coisa até pode ajudar, se a gente não exagerar. É refrescar a cabeça, para depois encarar o problema de frente com ideias claras.
O negócio é que, muitas vezes, de tanto enfiar a cabeça na areia e olhar para o outro lado, os probleminhas se transformaram em problemões, porque a gente não quis enxergar logo nem agiu para solucioná-los Aí foi que nem fermento no bolo: o problema cresceu, cresceu e ficou deste tamanhão!
Surge a sensação de estarmos perdidos, ficamos aflitos e saímos à catar uma solução. Chegou a hora de aprender (e como isso é difícil) a sossegar a cabeça e respirar devagarzinho, fazendo o ar chegar até embaixo do umbigo, para começar a viajar para aquele lugar divino que fica no fundo e no centro da gente: é lá que mora a sabedoria, que nos diz onde buscar os recursos, o quanto é preciso esperar e como se pode aumentar a força, a coragem e a serenidade. Até para aceitar a ideia de que nem todos os problemas tem solução, mas, apesar disso, é possível encontrar alguma saída.
Autor desconhecido.


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