Ao olhar a minha imagem refletida em um espelho, penso:
Quem é este ser que me olha insistentemente? Que faz tudo que faço? Repete minhas ações com maestria?
Quem sou eu?
Quem é aquele que está diante do espelho olhando para mim de uma forma tão intensa que chega ao ponto de sermos a mesma pessoa.
Eu? Eu? E quem disse que eu sou eu e não nós?
O nós é mais complexo, mais necessário, mais intrigante, o eu é simplesmente eu. É só. É sozinho. É solitário. Simplesmente é.
Mas descobri que eu não sou só eu, sou eus, são vários eus de vários momentos e gerações que vivem dentro de mim. Como diz um grande amigo, tenho todas as idades dentro de mim. Eu sou esse ser limitado mais eterno, que não passarei despercebido neste mundo, pois os outros eus, estarão espalhados por aí. Andando, se inquietando, indignando-se, revoltando-se, sendo o melhor de mim.
Eu sou branco, sou negro, sou indígena, sou amarelo e sou pardo. Sou nativo e estrangeiro. Sou rico e pobre. Sou tudo e nada. Sou todos, sou ninguém.
E você? Quem é você? Se não sabe, se olhe no espelho e se descubra. Verás as multifaces do ser que tu pensas que és, mas na verdade se esconde nesta única face.
Descubra-se.


Um comentário:
Show de Bola! Muito bom!
Postar um comentário