De um tempo para cá, tenho
percebido uma obrigatoriedade da felicidade. Tudo parece que fornece
felicidade, tudo é para sermos felizes, felicidade se torna o centro de nossas
ações e pensamentos. E isso não é de todo ruim. O ruim é quando confundimos
felicidade com obrigação de ter uma saúde mental. E aqui há uma enorme
diferença. Pois saúde mental tem muito mais a ver com autoaceitação, saber
resolver conflitos internos, lidar com afetos e desafetos, compreender aquilo
que é bom ou ruim em nossas decisões e hábitos.
Então, nesse isolamento social
percebo que é imposto pelas mídias, uma exigência de felicidade e serenidade,
por parte de um grupo de pessoas, que possuem uma especialização sobre o tema.
Mas vem cá, quem em plena pandemia, consegue ter constantemente bons pensamentos,
andar tranquilamente, não desenvolver nenhuma crise de ansiedade? Quem? Caso
aconteça de encontrar, das duas uma: ou é um ser alheio à pandemia que estamos
vivendo, ou é um negacionista com sérios problemas cognitivos voluntários.
Falando em negacionistas e
olavetes, os defensores de fake news, pessoas que são maléficas e defendem um
fim de isolamento social de forma irresponsável, que não possuem nenhum
compromisso com a vida humana, alienadas no discurso do presidente, embebidas
de egoísmo e canalhice espiritual, são doentes e assim nos adoecem também. Com
seus discursos alienantes e na base de um delírio coletivo.
Então,
meus amigos e amigas, é muito normal não se sentir bem diante disso tudo. É
desumano, exigir uma felicidade, uma alegria, uma normalidade dentro desse cenário
que estamos vivendo. Sendo assim, sentimentos como ansiedade, medo, angústia,
preocupação e alterações repentinas de humor, fazem parte de um sistema psíquico
complexo, que está sendo analisado pelos especialistas. A melhor forma de amenizar
essa situação, é entender que cada sujeito possui seu tempo e espaço. Procurar
ajudar de especialista, não é garantia de felicidade, mas de necessidade.
Não
passe por isso sozinho, se tiver condições financeiras de procurar uma ajuda
especializada, faça! Conte com pessoas que possam contribuir para um equilíbrio
na quarentena. Caso não tenha condições, converse com amigos, familiares que
estejam passando pelo mesmo problema e que não sejam negacionistas. Procurar
ajuda, não vai trazer felicidade, porém, um alívio de tensão nesses dias
complicados. Afinal, felicidade de verdade, virá quando tudo isso passar, e
ainda assim, deveremos olhar para trás e revisar os nossos erros para que não
possamos cometê-los no novo normal que será vivido.
Naquele que está conosco na felicidade e na tristeza,
Ìtalo Colares
Soli Deo Gloria
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