Eu sou uma metamorfose ambulante...

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Nordestino que ama a terra onde pisa e a cidade onde nasceu. Eclético por formação e escolhas. Sempre buscando uma ideologia para viver, não para se apegar como verdade absoluta, apenas para viver... Um ser que valoriza a vida humana em sua plenitude.

sábado, 6 de junho de 2020

Felicidade virou uma obrigação.


De um tempo para cá, tenho percebido uma obrigatoriedade da felicidade. Tudo parece que fornece felicidade, tudo é para sermos felizes, felicidade se torna o centro de nossas ações e pensamentos. E isso não é de todo ruim. O ruim é quando confundimos felicidade com obrigação de ter uma saúde mental. E aqui há uma enorme diferença. Pois saúde mental tem muito mais a ver com autoaceitação, saber resolver conflitos internos, lidar com afetos e desafetos, compreender aquilo que é bom ou ruim em nossas decisões e hábitos.
Então, nesse isolamento social percebo que é imposto pelas mídias, uma exigência de felicidade e serenidade, por parte de um grupo de pessoas, que possuem uma especialização sobre o tema. Mas vem cá, quem em plena pandemia, consegue ter constantemente bons pensamentos, andar tranquilamente, não desenvolver nenhuma crise de ansiedade? Quem? Caso aconteça de encontrar, das duas uma: ou é um ser alheio à pandemia que estamos vivendo, ou é um negacionista com sérios problemas cognitivos voluntários.
Falando em negacionistas e olavetes, os defensores de fake news, pessoas que são maléficas e defendem um fim de isolamento social de forma irresponsável, que não possuem nenhum compromisso com a vida humana, alienadas no discurso do presidente, embebidas de egoísmo e canalhice espiritual, são doentes e assim nos adoecem também. Com seus discursos alienantes e na base de um delírio coletivo.
Então, meus amigos e amigas, é muito normal não se sentir bem diante disso tudo. É desumano, exigir uma felicidade, uma alegria, uma normalidade dentro desse cenário que estamos vivendo. Sendo assim, sentimentos como ansiedade, medo, angústia, preocupação e alterações repentinas de humor, fazem parte de um sistema psíquico complexo, que está sendo analisado pelos especialistas. A melhor forma de amenizar essa situação, é entender que cada sujeito possui seu tempo e espaço. Procurar ajudar de especialista, não é garantia de felicidade, mas de necessidade.

Não passe por isso sozinho, se tiver condições financeiras de procurar uma ajuda especializada, faça! Conte com pessoas que possam contribuir para um equilíbrio na quarentena. Caso não tenha condições, converse com amigos, familiares que estejam passando pelo mesmo problema e que não sejam negacionistas. Procurar ajuda, não vai trazer felicidade, porém, um alívio de tensão nesses dias complicados. Afinal, felicidade de verdade, virá quando tudo isso passar, e ainda assim, deveremos olhar para trás e revisar os nossos erros para que não possamos cometê-los no novo normal que será vivido.

Naquele que está conosco na felicidade e na tristeza, 
Ìtalo Colares
Soli Deo Gloria

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