No começo um grande desafeto.
O jeito manso de falar causava irritação. O modo calmo com que tratava certas coisas era visto como um descomprometimento por parte de alguém que era visto como um ser que cuida das pessoas. Na verdade havia uma intolerância por parte do outro.
As comparações, as críticas e até mesmo em certo ponto até perseguição foram frutos de uma mente que na qual precisava ser lapidada, moldada, transformada... Um cavalo selvagem que precisava ser domado. E isso não era uma tarefa fácil.
Mas o tempo passou. E o tempo é o melhor remédio para os desencontros e encantos.
De um lado um menino de 17 anos. Em formação. Órfão de pai, família destroçada pelos vícios e mazelas de uma classe média falida. Sonhos por construir. Ideias a flor da pele. Sedento por experiências. E se achando o dono da verdade e se achando o ser que tinha o direito de ter a última palavra. Do outro lado, um homem maduro. Já vivido o suficiente para saber que por detrás de todo ser armado existe alguém que precisa ser curado. Pai de quatro filhos muito bem criado por sinal. Vida profissional estabilizada. Sonhos já alcançados. Experiências a mil. No fim de uma reunião religiosa, o jovem chega ao seu "imposto" líder e diz: "Eu odeio você!" O homem, provavelmente espantado olha com um olhar paternal e diz: "Eu lhe amo!". Aquela frase foi como uma bomba na muralha que o coração juvenil projetou em torno de si. Mas ainda tinha tempo para uma contra-ataque: "Vamos ver até quanto tempo!".
Semanas se passaram. Até quem um dia, em meio a fala do líder espiritual, justamente sobre amor... Ele diz: "Amar não é um sentimento, mas sim uma decisão... Eu decido amar" Naquele exato momento, toda prepotência, arrogância e soberba fora eliminada do coração pueril. Começou assim uma caminhada de mentoria, uma relação de mestre e discípulo, até o ponto do jovem chamar o mentor de pai.
Esse jovem, era eu, Ítalo Colares. Aquele homem na qual guardo no meu coração com carinho, admiração e exemplo, um cara que fez a diferença na minha formação de ser gente. Me humanizou. Me amou ao ponto de me chamar de filho. Seu apoio em minhas decisões, suas palavras de carinho e afirmação, fizeram a diferença em vários pontos de minha vida. Sua ligação depois de um dos piores dias da minha vida em uma manhã cinza, fez a diferença. Seus conselhos ficaram eternizados em meu ser. Quiça um dia eu ter pelo menos 1% do caráter, dignidade e humanidade deste homem.
Obrigado Deus por ter colocado em minha vida uma pessoa que na qual eu possa me espelhar e assim chamá-lo de pai. E ser tratado como filho. Obrigado JANSEN VIANA por ser esta pessoas quem és. Tua vida és um exemplo, teus conselhos são uns direcionamentos e tuas ideias são norte para aqueles que vivem ao teu lado... Bem pelo menos para mim é.
Feliz Aniversário.
Ítalo Colares
Carpe Diem.


Um comentário:
Obrigado Ítalo. Você é um dos filhos que adotei que me enche de orgulho pela sua autenticidade, inteligencia e caráter.
Continuemos a caminhada, aprendendo um com o outro.
Abraços,
Jansen
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